sábado, 25 de outubro de 2014

Poemas

Uma planta
Maria Zilda Silva de Sá

Sou chamada de raiz 
Transporto alimentação 
Sem a minha parceria 
Não existe arborização. 

De caule sou chamado 
Me orgulho ao dizer 
Que sustento meus irmãos 
Com todo meu prazer. 

Sou a folha com muita função 
Faço a planta respirar 
Faço cura, faço sombra 
É um crime me queimar.

Sou uma flor perfumada 
Digo com toda razão 
Na planta eu represento 
Órgão de reprodução. 

Sou um fruto saboroso 
Sou muito mais de milhão 
Me use com muito respeito 
Na sua alimentação. 

Agora estando completa
Um pedido vou deixar 
Não me corte, nem me queime 
Ajude a me preservar.


Caos ambiental
Produção do grupo

No lugar em que eu nasci
Muitas árvores eu vi
E um riacho correndo limpo
Ao lado de um pé de caqui

À medida que o tempo passou
Não pude deixar de observar
Que os prédios tomaram conta
E o homem passou a desmatar

Mas e agora o que fazer?
Em meio a tanta dor
Sem poder se defender
Sem poder pedir clamor
Animais morrem, como se não tivessem valor

E o riacho ao pé de caqui
Hoje não é mais o mesmo
Nele passam esgotos e lixos
Que o homem produz sem medo.

domingo, 19 de outubro de 2014

Paródia de música



Reggae das Tramanda


Eu hoje acordei
Querendo ver o mar
Mas eu moro bem no meio de uma selva de pedra

O pôr do sol no rio é que me faz sonhar

Quem nunca imaginou pegar onda no Guaíba?!

E as mina tão no sol, e a galera ta no mar
Eu quero uma sereia de tanga na areia

O pôr do sol no rio é que me faz sonhar
Quem nunca imaginou pegar onda no Guaíba?!

Nessa cidade quando bate uma fissura

Pra fugir dessa violência, essa loucura
Eu pego a freeway e vou dar um banho lá no pier de Tramanda

Pela estrada eu vou ouvindo um som

Um raggamuffin eu vou fazendo a mão
Vou fica na praia todo dia



Paródia: Reggae da natureza


E hoje eu acordei, querendo ir pro mar

Mas aí eu me lembrei

Que ele está todo poluído


E hoje eu acordei, querendo ir pra mata

Mas aí eu me lembrei

Que tem de tudo menos mata


Então peguei minha canoa

E fui até o rio

E lá de tudo eu encontrei

Inclusive um barril


Andando pelas ruas

Eu vejo muito lixo

E pessoas reclamando

Mas que calor, o que é isso?


E os desastres já estão acontecendo

E todos se perguntam quais são os motivos

Mas na verdade só se importam com progresso

E com a urbanização


E as cidades já estão tomando conta

Poluição já é normal, não é afronta

Mas para a fauna e para flora ninguém liga

E isso tudo me confronta

O que é que nós vamos fazer?

A respeito da poluição?

Rápido, nós teremos de agir!

domingo, 12 de outubro de 2014

Síntese do artigo: “Os limites da Terra e os desafios financeiros e ambientais

Não sabemos bem ao certo como que estamos aqui existem várias teorias que falam a respeito do surgimento dos seres humanos. Desde que habitamos esse planeta chamado terra ganhamos tudo do bom e do melhor e como que retribuímos? Devolvendo tudo em forma de lixo o que acaba por gerar o aquecimento global.
Nas florestas nós estamos derrubando suas arvores, acabando com sua fauna e flora, e as transformando em cidades, ou pior transformando ás em lixões, ou em campos para o cultivo da agricultura onde exageramos de produtos químicos para “proteger nossas plantações” e acabamos gerando agressões ao meio ambiente causando erosões, contaminando o solo e rios, entre muitos outros problemas a essa região, chuvas ácidas estão ocorrendo, os mares além de perderem seus peixes, serem poluídos estão ficando muito ácidos.
Não adianta dizer que temos que nos conscientizar, pois já estamos temos que colocar em prática, pois dia á dia o planeta piorando e o aquecimento está afetando nossa economia que estão tentando resolvera-las, mas só acabam endividados por pensarem apenas em curto prazo, dependendo de nossos atos e decisões poderá ser apenas outro planeta sem vida nessa imensa escuridão.

Gabriel


Tira:
Observação: Não achei o autor desta tira.
Síntese do artigo: Os limites da Terra e os desafios financeiros e ambientais

O ser humano está transformando as riquezas naturais em artigos de luxo e devolvendo em forma de lixo, tornando-se vândalos do meio ambiente. Pesquisas mostram o nível de insustentabilidade humana, na qual as atividades antrópicas estão resultando em consequências graves.
Inúmeras florestas foram dizimadas em nosso país e estão afetando os ecossistemas brasileiros, os quais estão sendo depredados e destruídos. Os oceanos estão se tornando mais ácidos afetando as cadeias alimentares, provocando impactos em diversas espécies. A situação chegou a ser alarmante pela qual começou a disputa por direito das águas, já que muitos rios e lagos estão contaminados ou poluídos. Substâncias têm gerado agressões ao meio ambiente, ameaçando a fertilidade de solos, e pecuária está aumenta a incidência de gás metano. A perca da biodiversidade está com alta gravidade ambiental.
O aumento do aquecimento global, tornou-se algo incontrolável. Dívidas têm aumentando em razão de solucionar os desempregos, tentando resolver problemas de curto prazo, mas não resolvendo os de longo prazo da economia. Os problemas ambientais atingem a economia de todos os países em geral e não será difícil resolver essa crise.

Marcelo


Tira:

Síntese do artigo: “Os limites da Terra e os desafios financeiros e ambientais”

O planeta desde o surgimento de nossa espécie, o homo sapiens, tem nos dado recursos naturais que servem para os mais diversos propósitos necessários para nossa existência, o problema é que, ao retirar tais recursos, damos prejuízos no lugar de agradecimentos.
E como junto com toda ação vem um resultado, tudo o que acontece no solo, também afeta o que acontece na atmosfera. Como se o gás metano emitido pelo gado não fosse suficiente, também emitimos dióxido de carbono durante nossas mega fabricações egoístas.
A maioria da Mata Atlântica brasileira já fora destruída, claro, alguma destruição precisava acontecer para surgir algo novo, como plantações ou espaços para a pecuária, porém, não é toda terra que serve para nossos desejos. Muitas pessoas desmatam ilegalmente as matas amazônicas para dar lugar à seus animais (que também não beneficiam o planeta, devido à alta emissão de metano) e tentar estabelecer um plantio, mas não analisam o solo para ver se é próprio para uso, deixando apenas um pedaço de terra, vazio e devastado. E se não pararmos para pensar no que estamos fazendo para o planeta, a única coisa que vai restar é uma esfera, vazia e devastada no espaço.

Felipe



Tirinha:

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Síntese do artigo: “Os limites da Terra e os desafios financeiros e ambientais

Nos últimos anos os seres humanos têm abusado das riquezas naturais de maneira descontrolada, tais como as das florestas e oceanos espalhados por todo o mundo, fato este que está causando o aumento no aquecimento global e a incidência de desastres naturais. No Brasil, por exemplo, em apenas cinco anos foram destruídos 3,1 milhões de hectares de mato.
Oceanos estão servindo como meios de transporte para mercadorias, rios estão servindo como gigantescos lixões e nascentes como canais de esgoto. Na agricultura, além do desmatamento desenfreado ocorre o uso de produtos químicos, que geram agressões como: erosões, infertilidade, desertificação, contaminação do solo e da água.
Para termos uma noção do quão grave é nossa situação, podemos tomar como ponto de partida o fato de que em 2013 foi relatado um recorde em relação aos níveis de C02 na atmosfera, chegando a marca de 440 ppm.
O mundo encontra-se em situação gravíssima com relações ambientais e consequentemente econômicas, o que obriga os governos a tentarem encontrar uma maneira de reverter esta situação, mas isso não é nada fácil, afinal, este problema vem aumentando a cada dia.  

Luís


Tira:
Maurício de Sousa, no ano de 2000.
Os limites da Terra e os desafios financeiros e ambientais


Manuela Alegria em 16 de outubro, 2013


Os problemas ambientais do mundo já ultrapassaram os limites da Terra e a possível continuidade da melhora dos indicadores sociais estão ameaçados pela crise financeira. Nos últimos duzentos anos, o ser humano tem retirado recursos ambientais da Terra, transformando as riquezas naturais em artigos de luxo e devolvido tudo em forma de lixo, para a tristeza do Planeta. Há quem diga que os seres humanos são os vândalos do meio ambiente.
A metodologia da Pegada Ecológica mostra que a humanidade já superou em 50% o uso sustentável da biocapacidade. A metodologia das Fronteiras Planetárias mostra que estamos ultrapassando os limites seguros para a vida na Terra. O IPCC mostra que o aquecimento global é provocado pelas atividades antrópicas e atingiu os maiores níveis nos últimos 12 mil anos. Em todos os cenários, o quadro é de insustentabilidade do modelo de crescimento da produção e consumo, em um quadro de uma população e renda per capita em expansão.
Em pouco mais de dois séculos, a humanidade teve um impacto maior sobre a biosfera do que nos 200 mil anos anteriores da história do homo sapiens. Entramos na Era do Antropoceno, isto é, da dominação humana sobre a Terra e sobre as demais espécies animais e florestais. Mas ao mesmo tempo os ganhos de escala da economia estão virando deseconomias de escala e a sinergia virando entropia. As mudanças climáticas têm provocado diversos desastres naturais e têm aumentado o sofrimento dos refugiados do clima.
Levantamento da FAO mostra que 200 quilômetros quadrados de florestas foram dizimadas por dia no mundo, entre 2000 e 2005, com perda de 7,3 milhões de hectares. Somente o Brasil destruiu 3,1 milhões de hectares de florestas nesse período de 5 anos. Entre 2000 e 2010 aproximadamente 13 milhões de hectares de florestas foram convertidos para outros usos ou perdidos. Aliás, o Brasil já destruiu 93% da Mata Atlântica, mais de 50% do Cerrado e a Amazônia está sendo saqueada de suas madeiras de lei e invadida pela pecuária, as plantações de soja e agora o Congresso permite a plantação de cana-de-açúcar na região. Os ecossistemas brasileiros estão sendo depredados e destruídos.
Segundo o relatório Povos resilientes, Planeta resiliente: “a sobrepesca fez com que 85% de todos os estoques de peixes fossem atualmente classificados como sobre-explorados, esgotados, em recuperação ou totalmente explorados, uma situação substancialmente pior do que há duas décadas. Enquanto isto, os escoamentos agrícolas significam que os níveis de nitrogênio e fósforo nos oceanos triplicaram desde a época pré-industrial, levando a aumentos maciços das zonas mortas costeiras. Os oceanos do mundo também estão se tornando mais ácidos em consequência da absorção de 26% do dióxido de carbono emitido na atmosfera, afetando tanto as cadeias alimentares marinhas quanto a resiliência dos recifes de corais. Se a acidificação dos oceanos continuar, é provável que haja alterações nas cadeias alimentares bem como impactos diretos e indiretos sobre diversas espécies, com consequente risco para a segurança alimentar, afetando as dietas baseadas em alimentos marinhos de bilhões de pessoas em todo o mundo” (p. 30).
Diversos rios e lagos do globo estão sendo destruídos, contaminados ou desviados para diversos usos. O rio Colorado nos Estados Unidos não chega mais ao mar. Os rios da China estão sendo represados e poluídos, gerando conflitos hidropolíticos. Nas grandes cidades brasileiras a transformação de rios em canais de esgoto segue a ritmo acelerado, como nos casos do rio Arrudas em Belo Horizonte, do rio Carioca no Rio de Janeiro e do rio Tietê em São Paulo. Por tudo isto, cresce a luta pelo “Direito das águas”.
A dependência do petróleo, de produtos químicos e o uso de métodos não-orgânicos na agricultura tem gerado agressões ao meio ambiente, provando erosão, infertilidade, desertificação, contaminação dos solos, das águas, dos animais e dos seres humanos. A pecuária não tem causado menos danos, além de acelerar o desmatamento e elevar a emissão de gás metano. A acidificação do solo e dos oceanos reduz a fertilidade em geral e ameaça a biodiversidade.
O apetite humano tem provocado o sofrimento e o desaparecimento de outras espécies de seres vivos e animais sencientes. Segundo a FAO, cerca de 60 bilhões de animais são mortos todos os anos para enriquecer a dieta dos 7,1 bilhões de habitantes do mundo. Cerca de 30 mil espécies são extintas a cada ano. A perda de biodiversidade prossegue de maneira assustadora, mostrando a gravidade dos problemas ambientais.
O Parque Nacional do Iguaçu, considerado por biólogos um dos locais com as melhores condições de abrigar uma grande população de onças-pintadas no pouco que resta da Mata Atlântica no Brasil, sofreu uma redução de mais de 80% no número de indivíduos do final dos anos 1990 para cá. De uma média de cem onças estimadas em estudo naquele período, hoje se acredita que só restem 18, de acordo com reportagem do jornal o Estado de São Paulo.
Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), dos Estados Unidos, os níveis de dióxido de carbono na atmosfera saltaram 2,67 partes por milhão (ppm) chegando ao montante recorde de 395 ppm, em 2012. O registro do ano passado só ficou atrás do aumento de 2,93 ppm ocorrido em 1998. Sem surpresas, em maio de 2013, os níveis de CO2 chegaram ao limite crítico de 400 ppm. Controlar o aquecimento global nos limites dos 2 graus está ficando cada vez mais difícil.
Para agravar tudo isto, os governos continuam emitindo moeda e se endividando para elevar a “demanda agregada” (os níveis de investimento e consumo), com a boa intenção de reduzir o desemprego. Mas gerar crédito fictício pode minorar os problemas do curto prazo, mas não vai resolver os problemas de longo prazo da economia. Os Estados Unidos, por exemplo, estão paralisados pelo debate interminável sobre o teto da dívida pública (a dívida está em US$ 16,7 trilhões atualmente, mas crescendo). 
Tanto as economias desenvolvidas quanto as chamadas economia emergentes estão passando por grandes incertezas e redução do crescimento. Enquanto o clima esquenta, a economia esfria. Nunca o mundo se viu diante de tão graves problemas ambientais e financeiros. Não vai ser fácil resolver esta dupla crise.

domingo, 5 de outubro de 2014


Espécie rara de lagarto mata duas pessoas e deixa outra ferida no interior do estado
        Um lagarto de espécie rara entrou em uma residencia em Rolador e acabou matando sua fome

            Nessa última segunda-feira dia 29 de Setembro, a delegacia de policia recebeu uma inusitada e rara ligação de que um lagarto gigante tinha invadido uma residência em Rolador-RS e acabou matando um bebê de três anos e meio e outro de apenas dois e deixando ferido o carteiro Juan de 45 anos, trata-se de uma espécie rara de lagarto e o motivo ainda é desconhecido, o IBAMA se pronunciou dizendo que o habitat do animal foi destruido e que essa espécie é carnivora.
            Juan delatou que era uma da manhã quando desceu para tomar um copo de água, voltando para seu quarto decidiu dar uma olhada no quarto de seus filhos e para seu susto viu o que seria uma lagarto devorando a perna de seu filho, como tinha bêbido demais na noite passada achou que era uma alucinação e voltou a dormir, nesse tempo o lagarto devorou o outro filho. Juan acordou com os gritos de sua esposa gritando, a polícia foi chamada e conseguiu chegar a tempo de salvar o homem e matar o lagarto.
            O incidente ocorreu por culpa de o casal ter deixado a porta aberta em sua  defesa o carteiro deixou a porta aberta pois a cidade era pacata demais, esse é o primeiro incidente envolvendo essa espécie de lagarto, o carteiro foi levado ao hospital e passa bem.

Gabriel

Lagarto mata garoto e deixa seu pai ferido
Garoto de três anos e meio foi engolido por lagarto e seu pai ao ver o incidente havia paralisado e voltou para a cama, segundo ele

            Nessa última terça-feira, dia 30, de madrugada, ocorreu um incidente na casa do Seu Jorge, funcionário dos correios, onde um lagarto monstruosamente forte estava comendo o seu filho mais velho, Marcos. Como estava paralisado com a situação nada pode fazer e voltou para a cama. O animal teria entrado dentro casa, pois se esqueceram de fechar as portas. Ao acordar, o lagarto estava com a perna do Seu Jorge dentro de sua boca.
            Segundo o pai de Marcos, quando ocorreu o incidente com seu filho, ele estava olhando televisão naquele momento, na qual era quase uma hora, até que ele se levantou para tomar água e ao passar pelo quarto das crianças resolveu entrar. Ao empurrar a porta encontrou o bicho comendo o menino. No fato seguinte, ao acordar, sentiu um cheiro ruim e percebeu a pata do animal em seu peito e estava com a metade de sua perna na boca dele.
            Sua mulher espantada, aos gritos, acordaram os vizinhos que imediatamente ligaram para a polícia. Ele conseguiu se livrar do bicho se debatendo e com a ajuda dos vizinhos que foram ao seu encontro. A polícia capturou o animal com bastante dificuldade, por causa de sua enorme força. Concluíram que o fato aconteceu, porque o lagarto havia se perdido e como estava passando fome, sentiu o cheiro de pessoas em uma casa que estava com as portas abertas.

Marcelo

Lagarto é preso por tentativa de homicídio
Policiais afirmam que o Lagarto poderia ter um cúmplice para ter aberto a porta da casa

Na madrugada da última terça-feira (13), a polícia foi chamada à casa de um funcionário dos Correios, que preferiu não se identificar, devido ao ataque de um criminoso que foi pego tentando engolir a perna de um homem. O Lagarto foi detido e encontra-se no presídio municipal de Entre-Ijuís. Na cena do crime foram encontrados lençóis sujos de sangue no quarto de uma criança, provavelmente vítima do lagarto, que foi inocentado desse crime por falta de provas.
A polícia foi chamada por um dos vizinhos que informou ter ouvido gritos vindos da casa do entregador de cartas, e felizmente chegou a tempo de deter o criminoso. A casa foi encontrada com a porta da frente escancarada, provavelmente foi o descuido dos moradores que possibilitou a invasão da residência. O proprietário do quarto com os lençóis ensanguentados ainda está desaparecido.
Apavorada com a invasão, declarou a esposa do funcionário: "Eu estava dormindo, quando ouvi um barulho estranho vindo do pé da cama. Quando me virei, me deparei com um Lagarto engolindo a perna de meu marido, foi um momento desesperador, comecei a gritar e então meu marido se deu conta do que estava acontecendo".

Felipe

sábado, 4 de outubro de 2014

Lagarto mata garoto e deixa homem ferido
O animal tinha aproximadamente 3 metros e pesava 10 quilogramas

O fato ocorreu durante a madrugada de terça-feira (05 de Maio), na casa da família Albuquerque, em Tupanciretã. Dona Herenildes, mãe do garoto, ficou horrorizada e disse que nunca imaginou que algo parecido com aquilo poderia acontecer na região, afinal, nunca tinha visto um lagarto tão grande. A casa possui monitoramento interno, o que permitiu a visão de todo o acontecimento.
Por volta das 3h da madrugada o animal escancarou a porta dos fundos e se dirigiu até o quarto do menino, alimentando-se dele e dormindo por algumas horas. Pela manhã, invadiu o quarto dos pais do garoto e atacou o Seu Neto com uma mordida na perna. A mãe foi até o banheiro e com uma vassoura conseguiu espantá-lo. “Eu acordei com os gritos do meu marido, foi horrível!”. Os moradores perseguiram o lagarto e com um revólver calibre 38 desferiram três tiros na cabeça dele.
Biólogos tentam explicar o que teria levado o animal a procurar alimento na zona urbana. “É muito provável que seu habitat esteja sendo destruído e por isso, ele teve de sair à caça em local inapropriado para ele”, disse Fernando Fernandes, especialista em répteis na PUC.
O enterro de Guilherme acontecerá no domingo às 14h e a cidade declarou luto de sete dias em homenagem a ele.

Luís

O homem que viu o lagarto comer seu filho
Ignácio de Loyola Brandão
para Ligia Sanchez

Era uma noite de terça-feira, e eles viam televisão deitados na cama. Quase uma da manhã, estava quente. Ele levantou-se para tomar água. A casa silenciosa, moravam num bairro tranquilo. Não havia ruídos, poucos carros. Ao passar pelo quarto das crianças, resolveu entrar. Empurrou a porta e encontrou o bicho comendo o menino mais velho, de três anos e meio. Era semelhante a um lagarto e, na penumbra, pareceu verde. Paralisado, não sabia se devia entrar e tentar assustar o animal, para que ele largasse a criança. Ou se devia recuar e pedir auxílio. Ele não sabia a força do bicho, só adivinhava que devia ser monstruosamente forte. Ao menos, forte demais para ele, franzino funcionário. E meio míope, ainda por cima. Se acendesse a luz do corredor, poderia verificar melhor que tipo de animal era. Mas não se tratava de identificar a raça e sim de salvar o menino. Ele tinha a impressão de que as duas pernas já tinham sido comidas, porque os lençóis estavam empapados de sangue. E a calça do pijama estava estraçalhada sob as garras horrendas do bicho repulsivo. Como é que uma coisa assim tinha entrado pela casa adentro? Bem que ele avisava a mulher para trancar portas. Ela esquecia, nunca usava o pega ladrão. Qualquer dia, em vez de um bicho, haveria um homem roubando tudo, a televisão colorida, o liquidificador, as coleções de livros com capas douradas, os abajures feitos com asas de borboletas, tão preciosos. Pensou em verificar as portas, se estavam trancadas. Porém, percebeu um movimento no animal, como se ele tentasse subir para a cama. Talvez tivesse comido mais um pedaço do menino. Precisava intervir. Como? Dando tapinhas nas costas do lagarto — não lagarto? Não tinha antas em casa e o cunhado sempre dizia que era coisa necessária. Nunca se sabia o que ia acontecer. Ali estava a prova. Queria ver a cara do cunhado, quando contasse. Não ia acreditar e ainda apostaria duas cervejas como tal animal não existia. Pode um lagartão entrar em casa através de portas fechadas e comer crianças? Olhou bem. Comer crianças não era normal, nem certo. Devia ser uma visão alucinada qualquer. Não era, O bicho mastigava o que lhe pareceu um bracinho e o funcionário teve um instante de ternura ao pensar naqueles braços que o abraçavam tanto, quando chegava do emprego à noite. Urna faca de cozinha poderia ser útil? Mas quanto o bicho o deixaria se aproximar, sem perigo para ele, o homem? Tinha de impedir o lagarto de chegar à cabeça. Ao menos isso precisava salvar. Não conseguia dar um passo, sentia-se pregado à porta. Preocupava-se. Todavia não se sentia culpado. Era uma situação nova para ele. E apavorante. Como reagir diante de coisas novas e apavorantes? Não sabia. Preferia não ter visto o lagarto, encontrar a cama vazia, as roupas manchadas de sangue. Pensaria em sequestro ou coisas assim que lia nos jornais. Sequestro o intrigaria, uma vez que ganhava pouco mais de dois salários mínimos e não tinha acertado na loteria esportiva. Era apenas um funcionário dos correios que entregava cartas o dia todo e por isso tinha varizes nas pernas. Se gritasse, o lagarto iria embora? Continuou pensando nas coisas que podia fazer, até que a mulher chamou uma, duas vezes. Depois ela gritou e ele recuou, sempre atento para saber quanto o bicho tinha comido do filho. À medida que recuou perdeu a visão do quarto. Sentindo-se aliviado, pelo que não via. A mulher chamava e ele pensou: o menino não chorou, não deve ter sofrido. Voltou ao quarto ainda com esperança de salvá-lo pela manhã e decidiu nada dizer à mulher. Apagaram a luz, ele se ajeitou, cochilou. Acordou sentindo um cheiro ruim e quando abriu os olhos viu sobre seu peito a pata, parecida com a do lagarto. Paralisado, não sabia se devia tentar as sustar o animal, ou tentar sair da cama e pedir auxílio. Pelo peso da pata, o bicho devia ser monstruosamente forte. Ao menos, forte demais para ele, franzino funcionário. Aí se lembrou que tinha dois sacos de cartas a entregar, era época de Natal e havia muitos cartões das pessoas para outras pessoas dizendo que estava tudo bem, felicidades. Tinha que tirar este bicho de cima. Não, hoje não haveria entregas. Nem amanhã, por muito tempo. O lagarto estava com metade de sua perna dentro da boca.



Fonte: http://www.releituras.com/ilbrandao_menu.asp