Poemas
Uma planta
Maria Zilda Silva de Sá
Sou chamada de raiz
Transporto
alimentação
Sem a minha
parceria
Não existe
arborização.
De caule sou
chamado
Me orgulho ao dizer
Que sustento meus
irmãos
Com todo meu
prazer.
Sou a folha com muita
função
Faço a planta
respirar
Faço cura, faço
sombra
É um crime me queimar.
Sou uma flor
perfumada
Digo com toda razão
Na planta eu
represento
Órgão de
reprodução.
Sou um fruto
saboroso
Sou muito mais de
milhão
Me use com muito
respeito
Na sua alimentação.
Agora estando completa
Um pedido vou
deixar
Não me corte, nem me
queime
Ajude a me preservar.
Caos ambiental
Produção do grupo
No lugar em que eu nasci
Muitas árvores eu vi
E um riacho correndo
limpo
Ao lado de um pé de caqui
À medida que o tempo
passou
Não pude deixar de
observar
Que os prédios tomaram
conta
E o homem passou a
desmatar
Mas e agora o que fazer?
Em meio a tanta dor
Sem poder se defender
Sem poder pedir clamor
Animais morrem, como se
não tivessem valor
E o riacho ao pé de caqui
Hoje não é mais o mesmo
Nele passam esgotos e
lixos
Que o homem produz sem
medo.
Poemas
Uma planta
Caos ambiental
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