sábado, 25 de outubro de 2014

Poemas

Uma planta
Maria Zilda Silva de Sá

Sou chamada de raiz 
Transporto alimentação 
Sem a minha parceria 
Não existe arborização. 

De caule sou chamado 
Me orgulho ao dizer 
Que sustento meus irmãos 
Com todo meu prazer. 

Sou a folha com muita função 
Faço a planta respirar 
Faço cura, faço sombra 
É um crime me queimar.

Sou uma flor perfumada 
Digo com toda razão 
Na planta eu represento 
Órgão de reprodução. 

Sou um fruto saboroso 
Sou muito mais de milhão 
Me use com muito respeito 
Na sua alimentação. 

Agora estando completa
Um pedido vou deixar 
Não me corte, nem me queime 
Ajude a me preservar.


Caos ambiental
Produção do grupo

No lugar em que eu nasci
Muitas árvores eu vi
E um riacho correndo limpo
Ao lado de um pé de caqui

À medida que o tempo passou
Não pude deixar de observar
Que os prédios tomaram conta
E o homem passou a desmatar

Mas e agora o que fazer?
Em meio a tanta dor
Sem poder se defender
Sem poder pedir clamor
Animais morrem, como se não tivessem valor

E o riacho ao pé de caqui
Hoje não é mais o mesmo
Nele passam esgotos e lixos
Que o homem produz sem medo.

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