quarta-feira, 17 de setembro de 2014

VEJA - 09/09/2014 - 20:45

 Meio ambiente

Aumento do nível de CO2 atmosférico em 2013 foi o mais rápido em 30 anos

O nível de dióxido de carbono está agora em 142% do que havia em 1750, antes da Revolução Industrial

dióxido de carbono
A média global de dióxido de carbono na atmosfera atingiu 396 partes por milhão (ppm) em 2013 (Thinkstock/VEJA)
A concentração de dióxido de carbono na atmosfera aumentou de 2012 para 2013 na maior velocidade registrada desde 1984. De acordo com um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a média global de dióxido de carbono na atmosfera atingiu 396 partes por milhão (ppm) em 2013 — uma elevação de quase 3 ppm em relação ao ano anterior.
"O Boletim de Gases do Efeito Estufa mostra que, em vez de reduzir, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera cresceu no último ano mais rapidamente do que nos últimos 30 anos. Nós precisamos reverter essa situação, cortando as emissões de CO2 e outros gases", afirmou Michel Jarraud, secretário geral da OMM, segundo a rede BCC.
O nível de dióxido de carbono atmosférico está agora em 142% do que havia em 1750, antes da Revolução Industrial. O aumento da temperatura global, porém, não acompanhou esse crescimento, o que levou algumas pessoas a afirmarem que o aquecimento global teria freado. "O sistema climático não é linear. Ele não está necessariamente refletido na temperatura atmosférica, mas, se olharmos as temperaturas dos oceanos, vemos para onde o calor está indo", afirmou Oksana Tarasova, chefe da divisão de pesquisa atmosférica da OMM.
Queda na absorção — De acordo com o documento, a elevação dos níveis de CO2 em 2013 não se deve apenas a um aumento nas emissões, mas também a uma queda na absorção de carbono pela biosfera — aspecto que intriga os cientistas. Essa redução foi observada pela última vez em 1998, quando houve muita queima de biomassa e o fenômeno El Niño. Em 2013, porém, ainda não foi identificado um motivo que explique essa ocorrência. Uma das possibilidades, segundo Tarasova, seria a biosfera estar atingindo seu limite de absorção, embora essa teoria ainda precise ser confirmada por mais estudos.
O relatório da OMM incluiu, pela primeira vez, dados sobre a acidificação dos oceanos, causada pelo dióxido de carbono. De acordo com ele, a acidificação atual está em níveis jamais vistos nos últimos 300 milhões de anos. No dia 23 de setembro vai acontecer uma reunião, organizada pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon. Espera-se que no evento seja dado o passo inicial para negociações com objetivo de promover uma nova mudança climática internacional até o fim de 2015.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/aumento-do-nivel-de-co2-atmosferico-em-2013-foi-o-mais-rapido-em-30-anos

Um comentário:

  1. Desde a Revolução Industrial, vivemos em um mundo movido pelo comércio. Consequentemente, usufruímos diariamente dos recursos que a natureza nos proporciona para satisfazermos nossas necessidades. O problema é que isso está acontecendo de maneira descoordenada, esta matéria prima está se tornando cada vez mais escassa e o meio em que vivemos está sendo aniquilado. É muito comum vermos indústrias liberando dióxido de carbono na atmosfera, empresas desmatando vastas áreas de florestas e quantidades colossais de resíduos sendo despejadas nas margens dos rios. Por outro lado, seria impossível largarmos de uma hora para outra de tudo isso e nos dedicarmos à preservação ambiental, afinal, sem que ocorra um desgaste no meio, não ocorreria uma evolução e consequentemente traria uma redução nas facilidades e confortos a que estamos cada vez mais dependentes. Então, qual seria a opção para conciliarmos tudo isso e tentarmos de uma vez por todas resolver estes problemas? Mesmo não sendo o modo mais fácil e acessível, a energia limpa e renovável é o melhor deles. Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ainda neste ano, serão investidos 15 bilhões de reais em energia eólica, sendo que as regiões do Nordeste, Sudeste e Sul receberão maior atenção por terem maior capacidade de fazerem o projeto dar certo e serem promissoras de “bons ventos”. Por isso, é importante que saibamos que toda a evolução traz uma consequência e que precisamos, ao menos, amenizar a situação que está assombrando nosso planeta, mesmo que seja diariamente em nossas residências ou locais em que frequentamos. O mundo precisa de ajuda, e nós ainda podemos reverter esta situação!

    Luís

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